De todos os acontecimentos ocorridos no âmbito das tensas relações entre o governo dos EUA e os nativos americanos durante o século XIX, o mais notório e marcante foi o que é atualmente conhecido como o Massacre de Wounded Knee. Tecnicamente, foi o último confronto armado entre guerreiros Sioux e o exército americano e marcou o fim da resistência efectiva de qualquer bando Sioux, mas o que realmente aconteceu é muito mais controverso.

No final de dezembro de 1890, um grupo de cerca de 350 Sioux Lakota, liderado por Big Foot e Spotted Elk, foi escoltado até à zona de Wounded Knee Creek e ordenado a estabelecer um acampamento nessa zona, mas temendo outra possível revolta, apesar de o bando ser composto maioritariamente por mulheres, cerca de 500 soldados do Exército dos EUA do 7° Regimento de Cavalaria, liderados pelo Major Samuel M. Whitside, aproximaram-se do acampamento Lakota na manhã de 29 de dezembro. Whitside, aproximou-se do acampamento Lakota na manhã de 29 de dezembro.Os 500 soldados do Exército dos EUA do 7° Regimento de Cavalaria, liderados pelo Major Samuel M. Whitside, aproximaram-se do acampamento Lakota na manhã de 29 de dezembro com ordens para desarmar e escoltar os nativos americanos até uma estação ferroviária para serem transportados para Omaha, Nebraska. ththAlguns dos homens da 7a Cavalaria também tinham feito parte da 7a Cavalaria em Little Bighorn, pelo que não podia haver pior comando para enviar numa missão que exigia interação com os Lakota.

Quando os soldados entraram no acampamento, ouviu-se um tiro. Não se sabe ao certo quem disparou, mas o único tiro despoletou uma salva de tiros das tropas do exército. Um dos soldados do exército, o capitão Edward Godfrey, explicou: "Sei que os homens não estavam a apontar deliberadamente e estavam muito excitados. Não creio que tenham visto a mira. Dispararam rapidamente, mas pareceram-me apenas alguns segundos até não restar um único ser vivo à nossa frente; guerreiros, squaws, crianças, póneis e cães... todos caíram perante o fogo sem pontaria. O ataque resultante mataria a maioria dos nativos americanos, incluindo Big Foot e Spotted Elk. Cerca de 30 soldados do Exército dos EUA foram mortos e cerca de 40 ficaram feridos, quase todos por fogo amigo no caótico tiroteio corpo a corpo. Dos nativos americanos mortos, a maioria foi morta de imediato, mas os feridos foram deixados no chão gelado para perecerem na noite gelada. No dia seguinte, os cadáveres congelados - que os soldados tinham despido como recordação - foram enterrados numa vala comum.

O massacre de Wounded Knee teve várias consequências. Os soldados que participaram no massacre foram elogiados e recompensados pelas suas acções e 20 deles receberam a mais alta condecoração militar do país, a Medalha de Honra do Congresso, pelas suas acções durante a "batalha". Ao mesmo tempo, Wounded Knee viria a tornar-se uma fonte de inspiração para uma geração de Sioux que atingiu a maioridade na década de 1960 e procurou restabelecer as negociações com os Estados Unidos como uma nação soberana e independente. O Movimento Indígena Americano confrontou, por vezes de forma violenta, a opressão do governo dos EUA em Alcatraz, no edifício do Bureau of Indian Affairs em Washington D.C. e, mais tarde, em Wounded Knee, no Dakota do Sul, e no local do massacre de Wounded Knee.

Wounded Knee: O Massacre que Pôs Fim às Guerras Indígenas cobre de forma abrangente os antecedentes que levaram a esse dia infame, bem como os relatos do que aconteceu e as suas consequências. Juntamente com imagens de pessoas, locais e eventos importantes, ficará a saber mais sobre Wounded Knee como nunca antes.