Subversão da inspiração
Afinal por quê você está lendo esse livro? Foi o título, foi a capa, foi a estrofe na contracapa?
(Sendo um ebook não terá a estrofe da contracapa.)
- Quanto ao que foi dito eu também envolver-me-ia nessa. Essas colocações realmente desperta-me sim, e eu sou traça-de-biblioteca.
Você que está lendo essa apresentação, significa que temos algo em comum quanto a leitura: ativamos o cérebro, estimulamos o raciocínio, aumentamos a imaginação, intensificamos o pensamento crítico, ampliamos a criatividade, aumentamos a concentração e... a erudição flui cada vez mais.
Procurei apresentar nos textos situações para instigar emoções e sentimentos letárgicos; mas, fica ao seu livre-arbítrio a coesão/coerência de interpretação; porém, pense bem: controle suas reações.
O Vermelho Navalha - Pedaços da Humanidade abarca sim o sangue que escorre lentamente de nossas feridas; e temos que lamber as chagas e seguirmos rente.
O título do livro escandaliza? - Sim.
Então uma breve citação com livre argumentação: - O "Guernica" de "Pablo Picasso."
O artista usou o preto, o branco e tons de cinza; uma representação explícita de uma obra nua, ácida e absintada; e quanto a razão do por quê fica para o intelecto de quem observa e vê mais por trás das imagens; esse mestre da pintura cúbica, frisou o homem inescrupuloso, hesitado, com temor; revelando uma perplexidade histórica. Trata-se de um momento do povo espanhol em agonia, na ânsia, em consternação, no pânico, uns olhos aflitos e sem demostrar nenhuma reação; sujeitos a um novo destino, ficando a Queda da Bastilha obsoleta.
Somos seres a emanar ou absorver energias negativas tanto quanto positivas; porém vem mais acampar e residir em nossa mente as negativas; ou seja, as circunstâncias adversas aglomeram-se e vão se multiplicando; silenciamos e admitimos uma dor suportável e tudo vai se acumulando; não sentimos nenhuma tortura, é um suicídio lento; mas em um momento súbito, nem tanto trágico, explode em chamas.
E o vento leva notícias e somos orientados a procurar o "Corpo de Bombeiros" - Psiquiatras, Psicólogos, Parapsicólogos, Terapeutas.... E até mesmo irmos a um "terreiro e preparar um bom despacho."
Ao seguir a leitura você poderá perceber que um verso ou uma estrofe poderá conter um pouco das passagens, miragens, paisagens de sua vida desde sua pré-história.
Para você escrever não é necessário inaugurar nenhuma fábrica de desventuras, desalento, melancolia, prostração ou cativar o prazer, o amor, serenidade, altruísmo; a ortobiose tutela tudo isso sem que seja solicitado; a observe, a contenha, administre sempre quando ela estiver o intoxicando; fantasie em um todo ótimo aos que adoram; e não deixe de ser sincero com aquela máxima: "Sua presença me alegra e sua ausência me deleita."
Os textos do livro estão em sentido figurado, as palavras têm valor conotativo, ou seja, sua acepção é maleável ou seduzidas no contexto em que é adotado, sem estarem submissas ao sentido mais usual e pregresso, aventuram ideias que vão além do imaginável.
Finalizo insistindo em um novo despertar a quem se afeiçoa na leitura e na escrita; e lembre-se: três legados há de realizar durante a vida: "sonhar, plantar uma árvore e escrever um livro"; escandalize se necessário for.
Eu escrevia sem compromisso literário e sem nenhuma expectativa de publicação.
Deixo registrado que esse livro foi elaborado ao critério do autor, retirando poemas do livro Prisioneiro Eterno e Ópera das Pedras; e na oportunidade fez correções ortográficas e concordâncias nos textos.
Aos seus olhos o "Vermelho Navalha - Pedaços da Humanidade" embarque e navegue entre os versos sem determinar nenhum destino.
Rogério Pacheco