Uma história feita para abalar seu psicológico. Feita para você se assustar de verdade, mas também rir nos momentos de alívio. Caso tenha coragem, prepare um som de fundo para dar mais suspense a obra.
Início do livro:
Era possível escutar um barulho extremamente perturbador do bater da chuva contra o simples telhado do casebre. Vez ou outra, era possível escutar o ranger da fechadura da porta, que repentinamente abria lentamente e depois fechava.
A escuridão adentrava à janela rachada do quarto da jovem que tentava dormir.
Certa vez, Rute, em meio a um surto psicótico, arremessou seu despertador sobre a janela, que apenas não quebrou porque teve seu impacto suavizado pelo espesso cobertor que servia de cortina.
As horas se passavam e Rute não conseguia pegar no sono. Quanto mais se empenhava em tentar dormir, mais a ansiedade tomava conta da situação. Não vou tomar remédio hoje, pensou angustiada.
A caixa de Rivotril a aguardava na gaveta da mesa de cabeceira ao lado de sua cama. Tal medicamente era o que a acalmava quando a ansiedade se fazia presente.
Aos poucos o sono da jovem começou a surgir à medida que a chuva ameaçava diminuir.
Traaauuunnnn!
Para sua infelicidade, no entanto, os trovões se intensificaram. Droga, droga, droga. Pensou. Rute não teve outra opção a não ser tomar um comprimido para se acalmar.
Esticou o braço, como de costume, abriu a gaveta, pegou a embalagem de comprimido e retirou sua pílula. Fazia isso utilizando apenas uma mão.
Após algumas mexidas na cama Rute sentiu algo passando em seus pés. Então rapidamente cobriu-o. Rute sempre imaginava coisas estranhas enquanto tentava dormir. Por esse motivo, não se impressionou tanto com tal coisa que passara em seus pés.
Enfim, a jovem conseguiu dormir.
Logo após adormecer, a chuva deu uma trégua, os trovões perderam força. Seja pelo efeito do medicamento, seja pela cooperação da natureza, Rute dormiu profundamente.
Plinnn, plinnn, plinnn, plinnnn...
Craaack!
- Toma essa, lazarento! - Gritou Rute enquanto soca seu novo despertador. Foram, aproximadamente, 5 socos contra o dispositivo.
- O que foi isso, Rute? - pergunta sua mãe enquanto caminhava rapidamente em direção ao quarto.
Rute, com a mão na cabeça, olha para seu despertador aparentemente fora de operação. Não acredito que fiz isso novamente. Pensou.
- O que foi, minha filha? Acordou irritada novamente, foi? - pergunta Cassilda, sua mãe, enquanto acaricia sua cabeça.
- Não sei o que acontece, mãe. Antes de eu acordar totalmente, acabo fazendo essas coisas idiotas.
- Tenho uma ideia, vamos deixar o despertador afastado da cama. Tudo bem?
- É. Parece ser uma boa ideia.
- Olha, vou arrastar esse criado-mudo para o outro lado do quarto.
Cassilda arrastou o móvel até o outro lado do quarto. No final do processo, Rute estava do seu lado ajudando a empurrar.
- Venha, minha filha. Tome café, se troque para ir à escola e terminar esses poucos dias de aula que lhe restam.
Após comer algumas torradas amanteigadas, requentadas e que foram feitas com pão velho, Rute sai para a escola, que, para sua felicidade, ficava próxima a sua casa.
Era final de ano, Rute estava nos seus últimos dias de aula do 3° colegial.
Apesar da jovem não gostar muito das aulas, sentia-se melhor na escola do que em sua casa. Por esse motivo, ela optava em fazer cursos extras que a escola oferecia, ou permanecia por lá até o final do dia, certificando-se de retornar ao lar apenas no final do dia, quando o sol estivesse se pondo.
Quase na hora de Rute regressar, Cassilda resolveu limpar superficialmente os dois quartos da casa. Ao limpar o quarto de Rute, ela percebeu alguns arran