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Mas, por que revisão da Constituição pelo Povo? Primeiro, porque a Constituição é o documento de ordenação de uma Nação. É na Constituição que começa a construção do caráter e do futuro do País e do Povo. A Constituição é o acordo democrático entre todos os cidadãos. É a lei suprema do País, à qual todas as leis se subordinam e sob a qual todos constroem a Nação. Se a Constituição não representa a exata vontade democrática do Povo, vai representar a vontade de algum grupo, e "grupos" têm interesses próprios, usam a riqueza que o Povo e o País produzem para alavancar só os interesses do próprio "grupo", dão início à desagregação da Sociedade e da Democracia. Segundo, porque o Brasil já teve 7 (sete) "novas" "constituições" que não resolveram e nem reduziram os problemas do Povo e do País. Portanto, depois de exatos 200 anos da primeira Constituição, no Império, e seis tentativas fracassadas, finalmente é hora de mudar e adotar a forma democrática de criar constituições. Terceiro, porque a estrutura da atual Constituição é adequada, e os conceitos democráticos fundamentais já constam da Constituição, embora, nunca implantados uma vez que não atendem aos interesses do "grupo" que a criou e porque revisão é o processo mais rápido e eficiente para corrigir o que está errado há 200 anos. Quarto, porque nesses 35 anos, por causa dos interesses dos "grupos", o País perdeu enormes oportunidades, não teve desenvolvimento compatível com o potencial dos recursos da Nação. Não resolveu os problemas do Povo, e os do Brasil foram agravados pela corrupção, impunidade, insegurança jurídica e falta de Justiça. Quinto, porque depois de 35 anos, a parcela mais necessitada dos brasileiros enxerga claramente o total abandono e a falta de recursos para os direitos sociais de Educação, Saúde, Transporte, Segurança e Justiça, direitos básicos para apoiar essa parcela mais carente do Povo para que ela também evolua e progrida. Sexto, porque para a classe-média as razões para revisão pelo Povo, são a economia sempre sem rumo, a indignação e revolta contra privilégios, escândalos, corrupção, roubos, impunidade, abuso de poder, política primitiva e o criminoso caos na Justiça que sempre nos levam de volta à vida sem segurança e de selvageria. Sétimo, porque para um terceiro nível a preocupação é com o futuro, com o progresso do Povo e do Brasil, é com a criação de bons empregos, com desenvolvimento de novas tecnologias, com o surgimento de novas empresas privadas e com as oportunidades do Brasil já perdidas de entrar no mundo civilizado. O diversificado conjunto de insatisfações, indignação e revolta deixa muito claro que o problema está na formulação do plano de Nação proposto pela Constituição de 1988, mais precisamente, o problema está na profunda desonestidade na formulação do plano pelo "grupo" de políticos e parlamentares
A análise da Constituição, feita sob o ponto de vista do Povo, revela claramente as razões do agravamento dos problemas, as tenebrosas truculências políticas e preocupante idéia do que pode ser repetido. A análise da Constituição, constata omissões, contradições, distorções, prevaricação, cumplicidades, crimes de responsabilidade, abuso de poder, ilicitudes, ilegalidades, inconstitucionalidades, corrupção, impunidade, falência da Justiça e o maior de todos os crimes contra Estado democrático, a usurpação de todo o Poder do Povo, um verdadeiro golpe-de-estado dos políticos por meio de uma "constituição" contra o Povo brasileiro. Estas as razões para a revisão da Constituição pelo