A mística cidade flutuante de Veneza inspirou admiração por gerações e, por um bom motivo, continua a ser uma das cidades europeias mais visitadas. Os turistas são atraídos pela impressionante combinação de arquitetura clássica, gótica e de inspiração renascentista nas cidades e vilas pitorescas, nos charmosos mercados ao ar livre, na culinária tradicional de dar água na boca e claro, nas famosas gôndolas descendo pelas águas azuis cintilantes. Embora essas gôndolas, junto com os modelos consagrados dos navios venezianos atracados nos portos, sejam um dos marcos mais marcantes da cidade, seu início está envolto em uma parte mais obscura da história veneziana.
Para os primeiros colonos das ilhas pantanosas e pouco promissoras de Veneza, no século 5 aC, parecia que qualquer tentativa de civilização estava condenada ao fracasso. No entanto, mesmo com as cartas contra eles, os habilidosos habitantes dominaram o terreno insuportável e lentamente montaram uma sociedade que colocaria a pequena e despretensiosa cidade no mapa. Com o tempo, a cidade se tornou o império marítimo mais poderoso de toda a Europa.
Fundada na esteira do declínio do Império Romano, a República de Veneza durou mais de mil anos, de 697-1797, e para entender sua posição singular na história mundial é necessário primeiro observar seu posicionamento geográfico e sua composição topográfica: Localizada no nordeste da Itália, na cabeceira do Adriático, a cidade é formada por 120 ilhas conectadas por 430 pontes que cruzam mais de 170 canais, denominados "rio" ou plural "rii" (italiano para rio). Como potência marítima, os interesses de Veneza chegaram até à Ásia, o que agregou constituir uma importante encruzilhada no Mediterrâneo Oriental, em termos de comércio. Em Veneza, uma vasta gama de produtos (matérias-primas, especiarias, tecidos) veio do Norte da África, Rússia e Índia e foram trocados por bens e riquezas da Europa. "
Além do tamanho do Império Veneziano e sua longa duração, não é exagero dizer que Veneza era uma cidade-estado como nenhuma outra no mundo. Como não era cercado por uma extensa área rural, não podia simplesmente viver da fartura da terra, como outros costumavam fazer. Em vez disso, os venezianos foram forçados a confiar apenas em seu comércio empresarial e em sua engenhosidade; essas características coletivas essenciais contribuíram em grande parte para o sucesso da cidade. Na verdade, essa falta de dependência de uma área rural acabou sendo uma vantagem diminuir porque garantiu que a cidade precisasse desenvolver muitas das características de uma revolução industrial vários anos antes do início da própria Revolução Industrial na Grã-Bretanha. Além disso, a fim de administrar (e multiplicar) sua abundante prosperidade financeira, a República de Veneza também inventou um dos primeiros sistemas bancários do mundo, e enquanto a cidade toscana de Florença é geralmente personalizada como a Atenas da Itália renascentista graças ao seu posição no centro do aprendizado, arte e cultura, alguns estudiosos argumentariam que Veneza tem uma publicação muito melhor a esse manto de prestígio.
Veneza, é claro, ganhou sua notável reputação por seu próprio mérito, mas a razão de sua fama atual deve ser creditada, pelo menos em parte, ao seu status como um dos destinos turísticos importantes de todos os tempos, pessoas viajantes interessados em religião, arte, cultura, arquitetura, litoral, bem como compras. Já no século 16, os peregrinos se aglomeraram lá para levar em seus inúmeros locais sagrados, os remanescentes da cidade medieval, e no século 17, ricos europeus do norte se reuniram para a cidade como parte de seu um longo Grand Tour, na esperança de deleitar seus olhos com a paisagem urbana incomum e seu patrimônio cultural único. Muitos desses escritores famosos escreveram relatos inesquecíveis da cidade em inglês e em alemão,