Nos últimos tempos, temos falado muito sobre comunicação eficaz nas mais diversas áreas e, de acordo com os feedbacks que recebo, as pessoas têm encontrado resultados positivos com isso.
Na verdade, a união da disposição dessas pessoas em praticar aquilo que descobriram para obter esses bons resultados, tem feito toda a diferença, uma vez que seus pensamentos estão mais organizados e estão conseguindo identificar de melhor forma suas reais necessidades e desejos além de expressá-los de maneira mais clara.
Tão logo, a pergunta que nos faço é "Por que não estender isso às nossas orações?".
Mas, antes de continuarmos a nossa mensagem, quero lembrar que as minhas intenções aqui são de apenas ajudar você na organização das ideias e com isso, se comunicar melhor até mesmo nas suas orações, afinal se nossa mente está bagunçada, automaticamente nossas orações também serão desordenadas e, por experiência própria e segundo o que aprendi com alguns pastores que conheço, manter o foco na oração é essencial.
Da mesma forma que precisamos saber nos comunicar com as demais pessoas, é importante saber formular nossas orações, e aqui já reforço que isso nada tem a ver com a simplicidade que cada um tem de orar e sim com a organização de nossas petições.
Em 1 Tessalonicenses, capítulo 5, versículo 17, o apóstolo Paulo orienta aos irmãos de Tessalônica, a cidade mais populosa e próspera do antigo reino grego da Macedônia, com o trecho "Orai sem cessar". Este é o mesmo princípio adotado pelos cristãos, ou seja, orar por tudo e, sendo assim, imagine como seria uma oração sem uma causa bem definida, onde iniciaríamos apresentando uma coisa e misturaríamos com uma série de outras.
Uma coisa, por exemplo, é orar consagrando nosso dia e seus componentes, apresentando todo esse conjunto à Deus. Outra é reservar um tempo para uma oração específica ou uma causa como orar em virtude de uma certa enfermidade e de repente começar a apresentar coisas muito fora desse contexto.
Algumas igrejas determinam um período de oração por uma determinada causa, ao que os evangélicos normalmente chamam de campanha, onde oram por uma determinada causa.
Mais uma vez, ressalto que a intenção não é ensinar ninguém a orar e nem dizer que o modo A é correto e o B é errado, mas sim mostrar que o foco é muito importante em nossas orações.
Se formos diante de um juiz hoje, é porque temos uma causa que deverá ser julgada por ele e, mesmo que ele tivesse 50 causas nossas, cada uma delas seria julgada individualmente. O mesmo ocorre com as campanhas de oração nas igrejas, onde um tema é estabelecido e sobre ele desenvolvida a campanha de oração.
E talvez essa seja uma das maiores causas de não orarmos constantemente pelas coisas e perder o foco, ou seja, nossas várias necessidades unidas a desorganização de nossos pensamentos e sentimentos acaba por tirar o nosso foco.
Costumo dizer que, quando queremos fotografar uma flor, um animal ou até um objeto qualquer, miramos a objetiva da câmera para o que queremos fotografar e, quanto melhor for o foco melhor será a foto. Não há como manter o foco em duas coisas, aliás uma das definições de foco é ponto principal, no singular, e não conjunto nem vários pontos.