151° livro do autor das séries "OLYMPUS" (em 16 volumes com 300 poemas em cada), "EROTIQUE" (em 13 volumes com 50 poemas sensualmente líricos em cada) e "SOB O OLHAR DE UM POETA" (em 4 volumes com 150 poemas em cada).

Alguns trechos:
"Depois que o sonho um pesadelo se tornou,
Como acontece a tantos casais,
Cujo relacionamento termina em meio a cenas surreais,
E o meu surrado violão, hoje abandonado,
Companheiro de tantas noites do meu passado,
Jaz a um canto, esquecido e mudo,
Pois ela se foi, e isto é tudo..."

"E o que pode ser mais lindo
Do que seu corpo que de mim abusa,
A lágrima que brotou dos olhos teus
Apenas um instante antes do adeus,
Incontrolável,
Inexplicável,
Já nada mais me dizia,
Pois era uma lágrima tardia,
Nada havia mais a ser dito
Sobre aquele sentimento proscrito,
Além desse fogo no olhar,
O que poderia sem mais bem-vindo
Do que uma inspiradora musa
Para quem, como eu, vive a sonhar?"

"Depois de tanto tempo passado
Ainda ouço o som magoado
De suas lágrimas derradeiras
Que me assombram por noites inteiras
E ainda ouço o som de sua voz
No último momento de nós
Naquele choro entrecortado
Nesse eco triste de meu passado
Um som de tanto tempo atrás
Que não me deixa em paz"

"A lágrima que brotou dos olhos teus
Apenas um instante antes do adeus,
Incontrolável,
Inexplicável,
Já nada mais me dizia,
Pois era uma lágrima tardia,
Nada havia mais a ser dito
Sobre aquele sentimento proscrito,"

"Qual será a causa
Dessa tristeza sem pausa,
Dessa lágrima furtiva
Que de meus olhos se esquiva,
Desse estranho pranto
Que se esconde em um canto,
Dessa melancolia
Que assim que acordo principia,
Desse maldito medo
Que tento manter em segredo,"

"Ah, ilusão,
Vá procurar outro incauto,
Abra a tampa do meu caixão,
Chega de tomar meu corpo de assalto.
Já estou realmente farto
De tantas decepções,
O inverno se instalou no meu quarto,
Sob uma tonelada de desilusões.
Esse tal de Cupido não passa de um mito,
Suas flechas certeiras jamais me atingiram,
Todas as noites, quando no espelho eu me fito,
Vejo as tragédias que meu cabelo de branco tingiram.
Já é tarde demais para acreditar numa virada,
Nada indica que isso algum dia mudará,
Cronos, o deus do tempo, fez-me cair numa cilada,
Que tornou a ausência dela tudo o que há..."

"A noite espalha suas variadas cores
Sobre os grandes amores
E derrama suas negras tintas
Sobre as paixões extintas
A noite insondável mascara
Um amor que nunca se declara
E debaixo de sete chaves esconde
Cada paixão que a beijos sensuais não responde"

"Nadando contra as correntes,
Meus braços se cansaram,
Nesses pesadelos recorrentes,
Que nunca mais me deixaram
Depois que ela partiu,
Deixando-me nesse abandono,
Como nunca se viu,
Tal como um cão sem dono,
Que perdeu o prumo,
Abandonado à tristeza,
E nunca mais encontrei meu rumo,
Um náufrago perdido na correnteza,
Sem bote nem salva-vidas,
Ou numa canoa furada,
Acumulando noites mal dormidas,
Já quase no fim da estrada..."

"E esse teu olhar cristalino,
Onde uma constelação de estrelas cintila,
Diz-me tudo que preciso saber,
Para ter certeza de meu destino,
Pois é em ti que o meu amor se exila,
Num mistério que não me é dado conhecer..."

"Minha vida saiu do eixo,
Depois que adeus nos dissemos,
Dói como um soco em meu queixo
Lembrar do amor que já não temos.
Já dissemos adeus outras vezes,
Mas era só um faz-de-conta,
Que durava só alguns meses,
Mas sua expressão dura me amedronta!"

"Fique aqui, só mais um segundo,
Pois depois será tarde demais,
É tão curto o amor, tão longa a desilusão,
E não nos veremos nunca mais,
Tudo o que sobrará de nós ser