About the Book
IDiz-se, há tempos, que existe crime organizado no Brasil. Concorda-se, é óbvio, porém, em outro sentido: pensa-se sim que existe crime organizado em nosso país, mas que ele não está, em seu pleno potencial lesivo à sociedade e aos cidadãos de bem, como muitos acreditam, nas favelas, nos morros, nos guetos, nos presídios e nem tampouco em qualquer bairro de periferia onde bandidos das mais diferentes facções comandam tráficos de drogas, roubos etc., e sim no meio político.Explica-se: Traficantes ou bandidos, quase sempre todos excluídos sociais ou destituídos de capital-cultural e/ou saber-poder-político; quase sempre todos à margem da vida social, ainda que aspirem, ainda que sejam usados por gente graúda para a lavagem de dinheiro e etc., não possuem condições de organização criminosa:1-Ao nível dos cartéis políticos;2-Ao nível dos mafiosos políticos;3-Ao nível daqueles que têm - além dos poderes econômico e financeiro - também o poder das forças de inteligência e coerção do Estado em suas mãos.Em outras palavras, a política, no Brasil, como historicamente e ainda hoje nos têm demonstrado os inúmeros casos de corrupção e mortes nunca ou quase sempre mal esclarecidos, com raras exceções, sem sombra de dúvidas:1-É o único e real crime organizado que existe;2-É a verdadeira máfia que, há séculos - em nome da preservação de um status quo burguês ou capitalista - atua no Brasil.Em nome da política, isto é, por meio de políticos mafiosos (que são quase todos em nosso país), por exemplo, manda-se matar ou prender; condenar ou absolver; destruir ou refazer; retirar do poder ou reeleger sem a interveniência e/ou com a conveniência de qualquer outro dito poder.Nenhum poder, não somente no Brasil, uma vez que o mesmo está e historicamente sempre esteve atrelado ao poder econômico - embora possa haver quem pense diferente - é superior ao poder da máfia política.Isto é, não existe nada de mais nefasto a qualquer sociedade do que o poder político quando este é exercido, como quase sempre tem sido, por e/ou em nome das "flores do mal e/ou dos chamados bandidos do colarinho branco". Nietzsche (1844-1900) estava certo quando, por exemplo, numa crítica feroz à política alemã do séc. XIX, visando alertar-nos sobre a essência da classe política, escreveu: Um político divide os seres humanos em duas classes: instrumentos e inimigos. (Nietzsche, F.)IIA máfia política brasileira, aliada à estrangeira, em pleno alvorecer do séc. XXI, mesmo em face da atenção da opinião pública mundial, desde o estouro dos casos de corrupção e da questionada e antidemocrática assunção à presidência de Michel Temer em lugar de Dilma Rousseff, sem qualquer aparente temor, com a condenação (ao que se supõe) política do ex-presidente Lula:1-Colocou, como mais uma das tantas vezes na história da política brasileira, as asas de fora. Isto é 2-Mostrou e/ou tem demonstrado ao mundo as atrocidades de que é capaz e de que, como não deixa mentir a própria história, ao que se subentende, orgulha-se também de ser.IIIO livro, nas partes I e II - epistemologicamente fundamentado em axiomas de Hannah Arendt, Aristóteles, David Hume, Edmund Husserl, Francis Bacon, Immanuel Kant, Norberto Bobbio, Nietzsche etc. - analisa e problematiza de forma técnica e filosófica a condenação do ex-presidente Lula. Na parte III - como complemento teórico - esboça-se uma visão crítica sobre a origem do homem totalitário (nazista, fascista etc.) em sua ética antiética grupal ou classista (conservadora). Isto é, política, sedimentada no hábito histórico de trivializar e/ou de banalizar a prática do mal (exclusão social, barbárie, genocídio, biocídio, xenofobia, racismo, antissemitismo, misoginia, apartheid, neocolonialismo, neoimperialismo, capitalismo selvagem etc.). O autor
About the Author: Cleberson Eduardo da Costa (mais de 100 livros publicados, muitos deles traduzidos para outros idiomas), natural do Rio de Janeiro, é Graduado em Pedagogia (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro/1995-1998), Pós-graduado em educação (UCAM - Universidade Candido Mendes), Pós-graduando em Filosofia e Direitos Humanos (UCAM - Universidade Candido Mendes), Mestre e Doutor (livre) em Filosofia do conhecimento (epistemologia) e Pedagofilosofia Clínica (FUNCEC - pesquisa, ensino e extensão), Pesquisador, Professor universitário, Especialista em metodologia do ensino superior, Licenciado em Fundamentos, Sociologia, Psicologia e Filosofia da educação, Didática, EJA (educação de Jovens e adultos) etc. Além disso, foi aluno Especial do Mestrado em Educação (1999-2001/PROPED/UERJ), matriculado, após aprovação em concurso, nas disciplinas [seminários de pesquisa] "ESTATUTO FILOSÓFICO" (ministrado e coordenado pela professora Dra Lilian do Valle); e "POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA" (ministrado e coordenado pelo professor Dr. Pablo Gentili). Estudou também no curso de MBA em Gestão Empresarial pela FUNCEFET/RJ/Região dos Lagos (2003-2005); no curso de Pós-Graduação em Administração e Planejamento da Educação pela UERJ (1999-2000); e realizou vários cursos livres e/ou de aperfeiçoamento nas áreas da filosofia e da psicanálise por instituições diversas, entre elas a FGV (Fundação Getúlio Vargas) e a SBPI (sociedade brasileira de psicanálise integrada). De 1998 a 2008, atuou como professor de ensino superior (Instituto Superior de Educação da UCAM/universidade Cândido Mendes) nos campus universitários de Niterói, Nova Friburgo, Araruama, Rio de Janeiro, Teresópolis, Rio das Ostras, etc. Participou (em sua trajetória profissional e/ou intelectual acadêmica) de diversas pesquisas, como, por exemplo, o projeto UERJ-DEGASE, relativo à (EJA) e também em pesquisas centradas em problemáticas políticas, filosóficas e pedagógicas com professores renomados, como Pablo Gentili (UERJ/CLACSO), Cleonice Puggian (UNIGRANRIO), Carla Imenes (UEPG), Cristiane silva Albuquerque (UERJ), Marco Antonio Marinho dos Santos (OCA/RJ) entre muitos outros. Atualmente dedica-se à docência universitária; a pesquisas em educação; a consultorias relativas à educação, no sentido do aprimoramento, da superação e do desenvolvimento humano; à realização de palestras acadêmicas e multiorganizacionais e à produção de obras nos mais diversos campos do saber.