About the Book
Dentre as muitas correntes de pensamento que, aos seus modos, procuraram e/ou procuram abordar os problemas da chamada tristeza profunda, angústia e/ou melancolia (chamada também no mundo pós-moderno de depressão) apresentar-se-ão, aqui, algumas delas: As de caráter psiquiátrico e/ou psicológico;As de caráter antropológico;As de caráter teológico;E as de caráter filosófico-existencialista.
Na unidade I, abordaremos a primeira corrente, que é formada por psiquiatras e/ou psicólogos que, doravante, definem a depressão, chamada por eles de tristeza profunda, como sendo uma espécie de "doença mental" pós-moderna e, que, nesse sentido, deve ser combatida - buscando-se a cura do indivíduo por ela acometido - com o uso sistemático de remédios, conhecidos estes como "antidepressivos e/ou estabilizantes do humor, etc."Na unidade II, de uma forma crítica, desenvolveremos as nossas proposições sobre a chamada Indústria da Felicidade, específica das sociedades pós-modernas capitalistas, caracterizando-a com as ideias de: "Patologização da tristeza";Formação de uma espécie de "sociedade dos hipocondríacos", entendida esta como sendo uma forma ideológica de alavancar e sistematizar, em escala global, a chamada "Indústria Farmacológica e/ou da venda de remédios (em especial os dos chamados antidepressivos e/ou ditos "estabilizadores de humor").Na unidade III, saindo do plano das explicações médicas-científicas (psiquiátricas e/ou psicológicas) - que entendem e definem a tristeza profunda, angústia e/ou depressão como doença -, entraremos nas perspectivas epistemológicas de outras três correntes, que trazem outras interpretações, a saber: As antropológicas neoevolucionistas (isto é, aquelas que procuram atrelar a ideia de angústia, tristeza profunda e/ou depressão, não como doença, mas como um processo de caráter evolutivo, isto é, de novas exigências sociais de adaptabilidade humana). Nesse sentido, partindo-se das proposições de Charles Darwin, veremos como é que pesquisadores da chamada corrente neoevolucionista procuram compreendê-la como uma espécie de "mal necessário", ou seja, como se, ela, a chamada angústia, depressão e/ou tristeza profunda, além de não ser exatamente uma doença, tivesse também um chamado "lado bom."As de fundamentação teológica, ou seja, aquelas que associam a angústia, depressão e/ou a tristeza profunda às causas dos chamados males da alma e/ou do espírito, sendo a mesma, por eles, entendida também como sendo o resultado do afastamento do homem de Deus, fruto do pecado e/ou da impossibilidade (não se tendo fé) de se querer compreender, pela razão, aquilo que só seria possível de ser entendido por meio dela (da fé).As filosófico-existencialistas, isto é, aquelas que associam a angústia, depressão e/ou a tristeza profunda às consequências específicas de uma suposta "existência inautêntica" e/ou então de uma suposta "condição humana desumana", entendidas, pelos chamados filósofos da corrente existencialista, como uma espécie de náusea, desespero e/ou então de angústia social profundas, sintetizadas pela ideia da "perda do sentido da existência".
About the Author: CLEBERSON Eduardo da Costa (mais de 100 livros publicados, muitos deles traduzidos para outros idiomas) é natural do Rio de Janeiro, formado pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro/1995-1998), Pós-graduado em Educação, Pós-graduando em filosofia, Pesquisador, Professor universitário, Especialista em metodologia do ensino superior, Pedagogo, Livre-pensador, Licenciado em Sociologia, Psicologia e Filosofia da educação, Didática, EJA (educação de Jovens e adultos), etc. Além disso, foi aluno Especial do Mestrado em Educação (1999-2001/PROPED/UERJ), matriculado, após aprovação em concurso, nas disciplinas [seminários de pesquisa] "ESTATUTO FILOSÓFICO" (ministrado e coordenado pela professora Dra Lillian do Vale); e "POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA" (ministrado e coordenado pelo professor Dr° Pablo Gentili). Estudou também no curso de MBA em Gestão Empresarial pela FUNCEFET/RJ/Região dos Lagos (2003-2005) e no curso de Pós-graduação em Administração e Planejamento da Educação pela UERJ (1999-2000). De 1998 a 2008, atuou como professor de ensino superior (Instituto Superior de Educação da UCAM/universidade Cândido Mendes) nos campos universitários de Niterói, Nova Friburgo, Araruama, Rio de Janeiro, Teresópolis, Rio das Ostras, etc. Participou (em sua trajetória profissional e/ou intelectual acadêmica) de diversas pesquisas, como, por exemplo, o projeto UERJ-DEGASE, relativo à (EJA) e também em pesquisas centradas em problemáticas políticas, filosóficas e pedagógicas com professores renomados, como Pablo Gentili (UERJ/CLACSO), Carla Imenes (UERJ), Cristiane silva Albuquerque (UERJ), entre muitos outros. Atualmente dedica-se à docência universitária, a pesquisas em educação, a consultorias relativas à educação, no sentido do aprimoramento, da superação e do desenvolvimento humano, à realização de palestras acadêmicas e multiorganizacionais e à produção de obras nos mais diversos campos do saber.