"Essa sombra em teu olhar revela / Mistérios que não me ousas confessar! / Escondidos por trás dessa janela, / Quais segredos tentam te assombrar?"
"Assim que acordo, versos brotam, / Como se meu despertar aguardassem, / Em algum porão ou num sótão, / Onde durante o sono eles se aglomerassem!"
"O teu sorriso me incendeia, / Mas a frieza de teu olhar me congela, / Será que algum dia cairei em tua teia, / Mesmo que seja numa realidade paralela?"
"Já existiram tantas pontes / Que nem ousei atravessar, / E foram tantos os segredos / Que não consegui revelar. / Esquivei-me de tantos montes / Que sequer tentei escalar, / E foram tantos esses medos / Dos quais jamais pude tratar."
"Palavras sem sentido se calam, / Nessa atmosfera de horror, / Pois versos mortos não falam, / Oprimidos nesse filme de terror! / Depois de uma noite inteira acordado, / Ouvindo meus fantasmas silentes, / Ecos de amores do passado, / Meus medos se fazem presentes!"
"Então sabemos que a vida não se acabou ainda, / E nesta festa onde nem queríamos estar, / Ouvimos essa música inesperada e linda, / E tudo o que nos resta fazer é dançar..."
"Nossa festa acabou, / A magia / Que entre nós havia / Apenas cessou, / Sem vestígios deixar, / A música que tocava / E o amor que entre nós pulsava, / Desapareceram no ar,"