About the Book
COLETÂNEA DE POEMAS ERÓTICAS E SENSUAIS. 9° VOLUME DA SÉRIE INICIADA COM "OS OCEANOS ENTRE NÓS". Em EROTIQUE, o poeta usa e abusa de rimas complexas e ousadas, num ritmo envolvente e quase musical, em que o leitor às vezes tem quase necessidade de declamar o texto em voz alta, para sentir a atmosfera de luxúria e paixão entre amantes que curtem intensamente cada instante que compartilham, pois quem sabe se poderá ser a última vez? Impossível não se contaminar com o estilo e as rimas desse autor que ousa transformar textos eróticos em pura Poesia. Alguns exemplos: "Até que enfim se esgotasse A seiva que mantinha acesa a chama, E eu me deitava em teu colo farto, Enquanto acariciava a tua face, Nós dois perdidos na imensa cama, Que mal cabia no pequeno quarto... Mas de que isto importava, Se teu corpo estava entre meus braços, Se a paixão era o que nos mantinha, Se nosso cansaço nos apaziguava, Se nosso amor ocupava os espaços, Se eu era teu, e tu eras minha?" "Quando me olhas Quando me molhas Com teu orvalho Que eu espalho Entre tuas sendas Entre tuas fendas Seguindo teus ritos Entre teus gritos Entre tuas chamas Enquanto me amas Quando me beijas Quando me aleijas Com teus respiros Com teus suspiros Por baixo de teu couro Dentro de teu tesouro Defronte teu reflexo Que me mostra teu sexo Tão descuidado Tão desvairado Tão oferecido Tão desguarnecido" "A noite passava tão breve, tão ligeira, E eu te navegava com tanto torpor, Que mal sabia como a vida inteira Consegui até então viver sem teu amor..." "Tu me amavas e eu te adorava, Como se fosse possível Amar um sonho! Quando a noite se aproximava, Esse amor parecia invencível, Blindado contra esse mundo bisonho! Lutávamos no escuro pacificamente, Minha espada contra teu escudo, Minha boca contra tua carne tépida, Meu desejo contra teu vulcão ardente, O meu nada contra o teu quase tudo, Minha crueza contra tua pele intrépida!" "Adoro quando tomas vinho, E de repente ficas maluca, E te soltas nos lençóis de linho, E me mordes de leve a nuca, Depois resolves fazer strip-tease E então sensualmente danças Com movimentos febris, E de repente contra mim te lanças E me roubas um beijo molhado, Vens e enlaças minhas pernas, Num imenso beijo cheio de pecado, Como se nossas bocas fossem eternas, E devagar vais descendo o sutiã, E o tempo então para de repente, Como se não fosse haver amanhã," "Nossa paixão produz altíssima voltagem, Quando nos amamos, brotam mil faíscas, Enquanto gravas uma sutil mensagem Em minhas costas, que com tuas unhas rabiscas... Não é porque sou engenheiro eletrônico, Mas porque és mais quente do que brasas, E me deixas aceso como se fosse biônico, Voando feliz em tuas lindas asas... Então, a noite se faz ainda mais intensa, E de enorme prazer de repente uivas, E de novo brota uma voltagem imensa! E depois do gozo, cada vez mais vivas, Se entrelaçam, nessa paixão tão densa, Nossas livres almas, mutuamente cativas!" "Perdido a admirar de perto o teu corpo olímpico, De repente, fiquei com um problema irônico, Perplexo, senti um enorme aumento volumétrico. Sem poder dissimular esse incidente fatídico, Minhas pernas iniciaram um tremor telúrico, Tentando disfarçar o meu volume homérico. Tive medo de que notasses meu dilema íntimo, Alimentado pelo meu desejo erótico, De rolar contigo por um colchão aquático! Atormentado por esse incidente fálico, Contei até 100, levado por meu lado matemático, Não adiantou, olhando-te, foi elevado ao ápice." "E assim seguimos por toda essa noite, Eu com minha sombra, tu com tua luz, Tu com tua chibata, eu com meu açoite, Em tua caverna, que docemente transpus... E quando a luz do dia nos desperta, Juntas tuas roupas, me beijas e partes, Mas deixas a porta apenas entreaberta, Para à noite voltares às minhas profanas artes..."