A pedra angular da ciência contemporânea é proposta ser um darwinismo que funciona em todas as escalas, com diferentes símbolos em escalas diferentes. Este darwinismo é então proposto ser compatível com crenças transcendentais sobre Deus, de acordo com a perspetiva Escolástica da Alta Idade Média, onde se espera que Deus seja encontrado também na Natureza. Assim, este trabalho mostra que a crença em Deus concorda muito bem com a ciência contemporânea, sem a ciência contemporânea especificamente ter um claro favorecimento de algumas religiões sobre outras. Pelo contrário, várias religiões são indicadas para ter capacidade para um diálogo mutuamente benéfico com a ciência contemporânea.
O primeiro aspeto deste trabalho é descrever como a existência da livre-vontade é compatível com a ciência contemporânea e os requisitos filosóficos. Em seguida, avaliamos como a existência de livre-vontade torna possível uma definição objetiva de saúde mental usando o conceito de Informação que concorda com a psicologia, psiquiatria e neurociência contemporânea. A existência de livre-vontade usa a aleatoriedade fundamental da mecânica quântica como um dos seus pilares de apoio e o conceito de Deus a nível cosmológico é importante em muitas tradições religiosas, pelo que é importante avaliar o darwinismo ao nível mais fundamental, o da Teoria do Campo Quântico, que é feito e onde é descrito uma abordagem darwiniana para obter a curvatura espaço-tempo, ou seja, gravidade, como consequência dos campos quânticos que estabelecem a comunicação da informação. A impossibilidade de quantidades finitas de informação satisfazerem simultaneamente os requisitos de completude e consistência dos sistemas axiomáticos não triviais tem consequências diretas para o estabelecimento de sistemas económicos e religiosos, pelo que a expectativa do Iluminismo para o futuro triunfo da Razão torna-se nula, uma vez que, na maioria das circunstâncias realistas, a definição da opção adequada para a maximização de valor é simultaneamente indecidível e subjetiva.
Este trabalho é, portanto, uma proposta que a perspetiva do Iluminismo é obsoleta porque as dinâmicas encontradas no Universo estão para além do que a Razão permite. Uma consequência natural do Iluminismo de Kant é que a causalidade determinística é idêntica à Razão, portanto, apenas a causalidade determinística é razoável. Espera-se, assim, que os defensores do Iluminismo, como Bertrand Russel, David Hilbert e Albert Einstein, enfrentem aqueles que mostram as suas falhas intrínsecas; respetivamente; Ludwig Wittgenstein, Kurt Gödel e Niels Bohr. Mas, a longo prazo, foi este último grupo que foi vindicado, e é este último grupo que está em destaque neste trabalho. Além disso, mesmo no período pré-Iluminismo em que o determinismo de Isaac Newton estava a ser contra-argumentado pelo trabalho de Gottfried Leibniz sobre a causalidade através da aceitação da informação, é o trabalho deste último que é realçado aqui, uma vez que está a ser cada vez mais contemporaneamente justificado devido à sua perspetiva sobre a complexidade dos sistemas e a computação evolutiva. Seguir a perspetiva de que o Iluminismo é obsoleto permite a procura de um equilíbrio entre ética e o Universo que vai além das correntes do determinismo, mas devido à influência que a filosofia de Platão/Aristóteles teve no pensamento Escolástico da Alta Idade Média, a dependência do Escolasticismo no determinismo lógico de Platão/Aristóteles implica que se quisermos ir além do determinismo, precisamos também de ultrapassar os constrangimentos colocados no pensamento cristão pelo aspeto determinista do Escolasticismo. É isso que se pretende neste trabalho com a proposta de uma abordagem estatística à Ética, que embora seja uma nova abordagem, tem um forte apoio histórico nos escritos do cristianismo antigo e do budismo a