O autor de "Die Young", Esposito Romano, define seu manuscrito como o resultado de uma extensa experimentação para a escrita de um romance gótico que combina a abstração da veia poética com o fino detalhe da prosa. A edição contém uma longa história intercalada com versos livres que destacam a evolução psíquica do narrador, que aos poucos se identificará com sua prole artística: o personagem Esposito Romano, poeta amaldiçoado. Os principais temas que a escrita trata dizem respeito ao fio condutor da doença psíquica das urgências, apelidado de "Lil Truf", um recurso que lhe foi dado por causa da assunção de trufas alucinógenas (trufas mágicas) durante a escrita dos livros que o elevaram a um escritor de fama internacional, solidão e busca de solidez emocional, bem como de amizade.A riqueza e a realização do anseio mais ambicioso de Esposito não santificam as aflições de sua alma inquieta, atormentada pela incompreensão e pelo desejo insaciável de um novo começo; tendo demolido a miragem de uma sociedade que toleraria sua desconforto, a exuberância pretensiosa e sonhadora com que se denota, Romano conta suas ilusões que não estão em sintonia com o sucesso. A notoriedade é uma prisão dourada, uma cela de alvos e manobras de propaganda que espalham as feridas que o tempo não sabe como curar.Ironia, absurdismo e reflexões existencialistas pontuam uma trama dinâmica, onde as descrições factuais dos acontecimentos nada mais são do que o rastilho para articular dissertações íntimas para o poeta. Ele, um revolucionário da tendência anarquista pró-comunista, reconhece-se como um manequim subjugado pelas distorcidas injustiças econômicas e sociais que há muito vem criticando. A decisão do ilustre romancista, que apesar dos numerosos best-sellers, leva uma vida desleixada, desleixada e apenas aparentemente diferente da época das publicações mal sucedidas, limita-se a um dos dois mercados nos quais a figura de Lil Truf poderia se agarrar: a distribuição de entrevistas em podcast pela mídia e a indústria musical do gênero Emo Trap.Digressões de matriz ensaísta, a respeito do cinismo, da vanguarda poética marcada pela Geração Beat italiana e da filosofia da sexualidade fecham o itinerário antropológico traçado pelas urgências. onde a fantástica criação do gênio se ramifica na contingência da matéria até que a distinção entre o ilusório e o verdadeiro se dissolva.