About the Book
(...) "Para que o homem possa ser capaz de transformar (a sociedade ou a sua condição sócio-existencial) é preciso, antes, que ele seja capaz de transformar-se". Nesse sentido, para poder transformar-se é preciso também poder pensar e, sendo assim, pensar significa "libertar-se das ideologias que - embrutecendo o pensamento - fazem com que os homens deixem de ser seres racionais, "homo sapiens" e/ou homo intelectos, e se transmutem em "homo faber" e/ou animais irracionais, existindo apenas como técnicos e/ou especialistas do saber, alienados para a compreensão simultânea das partes e do todo, culminados num estado de "animalização" e/ou de uma "condição humana sócio-existencial inumana, desumana e/ou inautêntica." Em outras palavras, para poderem transformar, os homens precisam se libertar de uma "condição humana inumana e/ou desumana", há séculos sistematizada, motivada pelos valores Cartesianos, Positivistas, Pragmáticos, construídos estes por meio de símbolos, formas fragmentadas socialização, especializadas de aprendizagem e de inserção no mundo do trabalho, mediante o avanço das ciências, atreladas estas ao desenvolvimento do capitalismo, com suas revoluções industriais. Outra dimensão desse processo de irracionalidade instituída e/ou sistematizada, como um valor social nas sociedades capitalistas ocidentais contemporâneas, está, também, dada aquela que é diretamente causada e fomentada pela "Indústria Cultural", onde, por meio dela e para ela, são construídos e mantidos os chamados: 1-"Espectadores médios"; 2-"Leitores médios";3-Indivíduos intelectualmente medianos e/ou medíocres, aos quais são atribuídas também: 4-Certas "capacidades mentais médias", numa espécie de sistematização, fora e dentro das próprias instituições "educativas" ideológicas de Estado, sintetizadas numa espécie de "pedagogia da mediocridade".A intrínseca relação entre esses dois processos de irracionalidades sistematizados nessas sociedades capitalistas ocidentais pós-modernas, pode ser entendida como um mecanismo de "inversão dos processos de captação e/ou apreensão da realidade" pelos sujeitos, nela transformados em objetos, onde o inteligível, através da exigência de interiorização e, numa outra via, de exteriorização, como respostas a fragmentados conceitos simbólicos no campo visual, ficam reduzidos aos estados humanos de: 1-Copiar e reproduzir; 2- Aprender somente pensamentos e não de aprender a pensar. Ou seja, aqui se postula que, frise-se: "Se o "homo sapiens" se diferencia dos outros animais ditos inferiores porque possui a capacidade de "evoluir do sensível para o inteligível", nessas sociedades, ao contrário, eles estão colocados como: 1-Seres irracionais; 2-Simbólicos; 3-Limitados a apreenderem a realidade de forma fragmentada e/ou fragmentária, por meio da exigência social de respostas: 4-Aos estímulos visuais e culturais, enquanto consumidores de produtos culturais, também de forma fragmentada e/ou fragmentária.Esses fatos talvez expliquem porque as sociedades ocidentais capitalistas contemporâneas estejam sempre mudando, através dos seus processos de "modernização e/ou industrialização" (obsolescência programada) sem, necessariamente, nesses mesmos processos, de fato, significativamente e/ou estruturalmente também mudarem, uma vez que, nelas, os seres sociais são transformados, por meio de várias instâncias institucionais, como a fábrica, a escola, etc., em seres irracionais. Ou seja, após séculos e/ou décadas de injustiças sociais:1-As desigualdades sociais, no Brasil, na África e na América latina, desde os períodos ditos pós-coloniais, só têm aumentado apesar dos ditos desenvolvimentos econômicos, culturais e industriais;2-O acesso a uma educação pública, gratuita e de qualidade, nesses países, há séculos e décadas continuam sendo uma grande utopia, assim como a efetiva vontade popular nas decisões políticas, ainda qu
About the Author: CLEBERSON Eduardo da Costa (mais de 100 livros publicados, muitos deles traduzidos para outros idiomas) é natural do Rio de Janeiro, formado pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro/1995-1998), Pós-graduado em educação, Pesquisador, Professor universitário, Especialista em metodologia do ensino superior, Pedagogo, Livre-pensador, Licenciado em Filosofia, Fundamentos, Sociologia e Psicologia da educação, Didática e EJA (educação de Jovens e adultos). Além disso, foi aluno Especial do Mestrado em Educação (1999-2001/PROPED/UERJ), Matriculado, após aprovação em concurso, nas disciplinas [seminários de pesquisa] "ESTATUTO FILOSÓFICO" (ministrado e coordenado pela professora Dra Lilian do Vale); e "POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA" (ministrado e coordenado pelo professor Dr° Pablo Gentili). Estudou também no curso de MBA em Gestão Empresarial pela FUNCEFET/RJ/Região dos Lagos (2003-2005) e no curso de Pós-Graduação em Administração e Planejamento da Educação pela UERJ (1999-2000). De 1998 a 2008, atuou como professor de ensino superior (Instituto Superior de Educação da UCAM/universidade Cândido Mendes) nos campos universitários de Niterói, Nova Friburgo, Araruama, Rio de Janeiro, Teresópolis, Rio das Ostras, etc. Participou (em sua trajetória profissional e/ou intelectual acadêmica) de diversas pesquisas, como, por exemplo, o projeto UERJ-DEGASE, relativo à (EJA) e também em pesquisas centradas em problemáticas políticas, filosóficas e pedagógicas com professores renomados, como Pablo Gentili (UERJ/CLACSO), Carla Imenes (UERJ), Cristiane silva Albuquerque (UERJ), entre muitos outros. Atualmente dedica-se à docência universitária; às pesquisas em educação; às consultorias relativas à educação, no sentido do aprimoramento, da superação e do desenvolvimento humano; à realização de palestras acadêmicas e multi-organizacionais e à produção de obras nos mais diversos e/ou complexos campos do saber.