Seres humanos são seres sociais, é de sua natureza viver em sociedade, e isso significa que haverá constante interação com nossos similares, e essa interação se dá por meio da comunicação, e quanto mais efetiva a comunicação melhor o convívio.

Essencialmente, a comunicação depende de duas competências a ser desenvolvidas - oratória e escutatória ou escuta ativa. Ambas em igual medida, é inclusive incoerente pensa-las isoladamente.

Apesar disso, as pessoas equivocadamente dão maior ênfase a fala em detrimento da escuta, mas cada vez, a proeminência da pluralidade social tem dado vazão a importância da escuta para dar espaço as diversas formas de pensamento.

É tão flagrante essa valorização da fala em detrimento da escuta, que são comuns cursos de oratória, e não de escutatória. O escritor Rubem Alves em seu texto - Escutatória, até ressalta que "Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular".

Ainda, o desenvolvimento da escutatória é capaz de contribuir para o desenvolvimento da oratória, ou seja, é preciso aprender a escutar para então aprender a falar.

É por esse motivo que didaticamente recomenda-se o início da leitura pela parte da escutatória, para então ler a parte de oratória. Mas, essa obra fora constituída de forma que o leitor tem a faculdade de escolher por qual parte iniciar, portanto, também é possível a leitura inversa, primeiro, oratória, e em seguida escutatória.

Na parte "Escutatória ou Escuta Ativa" trata da base da comunicação, e os elementos que a constituem como emissor, receptor, e canal de comunicação, ressaltando que há casos que podem ensejar ruídos na comunicação, ou seja, fatores que podem gerar a não compreensão de uma mensagem. A partir daí trata-se da escuta propriamente dita, primeiramente, diferenciando os termos ouvir e escutar, elucidando a importância de escutar o outro por razões pessoais, acadêmicas e profissionais, e que apesar da flagrante importância revendo que há uma patente dificuldade em escutar o outro, decorrente de uma falta de desenvolvimento pessoal da competência, bem como de como a sociedade negligenciava tal competência, além de dos fenômenos da cultura da indiferença e viés da confirmação.

Então, passa-se a abordar o processo de escuta que envolve quatro tempos, que devem ser observados a fim de propiciar o desenvolvimento da escuta ativa, bem como uma série elementos essenciais. Em seguida trata-se da escuta em ambiente digitais e as peculiaridades a ela inerente. Para subsequente tratar da discordância afeta a escuta profunda, sinalizando a possibilidade de ocorrência da mesma, sob pena de gerar autoanualação, mas frisando que deve ocorrer com respeito, e ciência de que a verdade não é uma.

E por fim, trata do que se denomina revolução auditiva, um convite para alterar o status quo vigente, e promover significativas mudanças na sociedade a partir da escuta.

Na parte "Oratória" primeiramente destaca-se a importância de se falar em público, para então tratar de termos ligados a fala como linguagem, oratória, retórica. Pós essa parte mais introdutória debruça-se sobre o processo de preparação de uma apresentação, que envolve conhecimento pessoal, conhecimento do público, preparação de conteúdo, ensaio da apresentação, aparência, conhecimento instrumental. E em seguida trata-se da apresentação propriamente dita, em suas três etapas - início, meio e fim. Por fim de maneira complementar destaca algumas ferramentas de palestra como demonstrar vulnerabilidade, utilizar do humor, contar histórias, explicação por conclusão, e utilização de mistério como um recurso.

Convida-se o leitor para que nas pág