A riqueza poética produzida em Minas Gerais é vasta e atemporal. Poetas do século 19, como Beatriz Brandão, do século 20, como Alphonsus de Guimarães e Carlos Drummond de Andrade, outros cuja escrita vislumbramos na atualidade, a exemplo de Ana Martins Marques e Fabrício Marques, compõem um acervo bastante expressivo, que merece ser celebrado. Assim nasceu o livro A casa dos poetas minerais, de Leida Reis, em que uma narrativa ergue uma casa de odobe e ela passa a receber, um a um, grandes nomes da poesia mineira. A cada poema, a autora busca aproximar a própria escrita da forma de tecer versos do seu homenageado. Em cada poema, a recepção aos convidados da Casa da Poesia busca uma proximidade com a linguagem do homenageado. O leitor fica na expectativa de quem será o próximo a chegar, de por onde entrará, o que trará e o que levará dessa experiência. Assim, acompanha, sem qualquer ordem ou pseudo grau de importância, a rica produção poética mineira. Poetas homenageados (na ordem em que chegam à Casa da Poesia): Adélia Prado, Beatriz Brandão, Ricardo Aleixo, Henriqueta Lisboa, Lúcio Cardoso, Affonso Ávila, Adão Ventura, Alphonsus de Guimarães, Laís Corrêa de Araújo, Emílio Moura, Abgar Renault, Affonso Romano de Santanna, Ana Martins Marques, Murilo Mendes, Marcelo Dolabela, Fabrício Marques, Yone Giannetti Fonseca, Paulinho Assunção, Angela Leite de Souza, Basílio da Gama, Ronald Clever, Elias José, Hélio Pelegrino, Ana Elisa Ribeiro, José Oiticica, Conceição Evaristo, os irmãos Maria Angela Alvim, Maria Lúcia Alvim e Francisco Alvim e Carlos Drummond de Andrade.