About the Book
"A vida sem o exercício do pensar é não somente pobreza de espírito, uma vez que espírito em filosofia significa ideia, mas também escravidão...".Sócrates dizia que "o ser que somente trabalha, come, bebe, faz sexo e dorme não é um homem, mas um escravo ou animal qualquer...".Nietzsche certa vez escreveu que aquele que não dedica no mínimo 3/4 do seu tempo a si, ou seja, 18 horas, não é um Ser livre, mas um escravo.___________________Se, como dizia Sartre, filósofo existencial-humanista do séc. XX, "o homem é um projeto que só existe na medida em que o realiza", para o existencialismo meritocrático, numa inversão de valores e princípios, "o homem só existe quando, numa disputa qualquer, vence o seu dito oponente ou inimigo, e conquista o seu chamado lugar ao sol", sacramentando o meritocrático, individualista e elitista ditado popular que diz: "O sol nasce para todos, mas a sombra é para poucos". Entretanto, paradoxalmente, como o capitalismo sobrevive e se alimenta das crises que ele mesmo fabrica por meio dos seus constantes processos de obsolescência programada (coisa que o homo faber alienado desconhece), o proletário não tem e nem nunca terá também garantias, estando sempre fadado ao desemprego, como uma espécie de mercadoria qualquer que perde qualidade e valor e que é logo substituída por outra dita mais nova, melhor e/ou lucrativa.O dano existencial causado pelo capitalismo à classe excluída, proletária ou trabalhadora, nesse sentido: 1-Está representado pela ausência de projetos pessoais dos proletários ou dos jovens aspirantes a entrarem no mercado de trabalho, que passam as suas juventudes não se desenvolvendo como seres humanos integrais, mas apenas se qualificando e requalificando (ou se formatando e reformatando), mediante instituições ditas educativas, como se fossem objetos ou coisas, ou seja, apêndices do mundo produtivo capitalista; 2-Está representado pela subordinação, enquanto "Ser-mercadoria", aos valores e as práticas do mundo dito capitalista;3- Está representado como a coisificação ou frustração do homem, uma vez que, na condição de exclusão social em que nasce, o excluído social também não nasce livre, porque sem condições econômicas para exercer a sua dita liberdade, ou seja, ele não nasce como um que-fazer, como um ser devir, mas como possível mercadoria e/ou mão de obra barata para ser explorada (escravizada) por meio da ética antiética do sistema capitalista. Estas, entre muitas outras, são questões centrais que, de forma epistemologicamente fundamentada, desenvolveremos e discutiremos ao longo deste trabalho.
About the Author: Cleberson Eduardo da Costa (mais de 100 livros publicados, muitos deles traduzidos para outros idiomas) é natural do Rio de Janeiro, formado pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro/1995-1998), Pós-graduado em educação, Pós-graduando em Filosofia e Direitos Humanos, Pesquisador, Professor universitário, Especialista em metodologia do ensino superior, Pedagogo, Livre-pensador, Licenciado em Fundamentos, Sociologia, Psicologia e Filosofia da educação, Didática e EJA (educação de Jovens e adultos). Além disso, foi aluno Especial do Mestrado em Educação (1999-2001/PROPED/UERJ), Matriculado, após aprovação em concurso, nas disciplinas [seminários de pesquisa] "ESTATUTO FILOSÓFICO" (ministrado e coordenado pela professora Dra Lilian do Vale); e "POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA" (ministrado e coordenado pelo professor Dr. Pablo Amadeo Gentili). Estudou também no curso de MBA em Gestão Empresarial pela FUNCEFET/RJ/Região dos Lagos (2003-2005) e no curso de Pós-Graduação em Administração e Planejamento da Educação pela UERJ (1999-2000). De 1998 a 2008, atuou como professor de ensino superior (Instituto Superior de Educação da UCAM/universidade Cândido Mendes) nos campos universitários de Niterói, Nova Friburgo, Araruama, Rio de Janeiro, Teresópolis, Rio das Ostras, etc. Participou (em sua trajetória profissional e/ou intelectual acadêmica) de diversas pesquisas, como, por exemplo, o projeto UERJ-DEGASE, relativo à (EJA) e também em pesquisas centradas em problemáticas políticas, filosóficas e pedagógicas com professores renomados, como Pablo Gentili (UERJ/CLACSO), Carla Imenes (UERJ), Cristiane silva Albuquerque (UERJ), entre muitos outros. Atualmente dedica-se à docência universitária; a pesquisas em educação; a consultorias relativas à educação, no sentido do aprimoramento, da superação e do desenvolvimento humano; à realização de palestras acadêmicas e multiorganizacionais e à produção de obras nos mais diversos campos do saber.