O tema crenças é abrangente. O campo é fértil para debates e as polêmicas, muitas vezes, agressivas e violentas. A carência de conhecimento e de técnicas capacitantes para avaliar os efeitos maléficos, que produzem no educando, o educador pode promover a evolução, muitas vezes, incontida de crenças negativas. As crenças negativas obrigam-nos a atribuir força e poder a seres reais ou imaginários, para a realização de algo extraordinário, como consequência de nossa convicção. As crenças negativas sustentam-se, também, pela atribuição de força e poder a objetos insignificantes, a gestos específicos, a palavras mágicas, que caracterizam uma adesão inquestionável ao significado que representam para a pessoa. Em ambiente crédulo, promovemos superstições que, às vezes, nos conferem o diploma de ridículos. Colaboramos, então, com o retrocesso da humanização e evolução do ser humano. E as crenças religiosas negativas? São poderosas porque envolvem o transcendente e o além. Nesse campo, as emoções são fortemente vulneráveis. As crenças negativas de cunho religioso interferem nos valores do convívio humano e, principalmente, quando são absorvidas pelo inconsciente coletivo. A interferência direta das crenças negativas na educação é indiscutível. Através das atitudes do educador (principalmente, pai e mãe) o educando absorve, com facilidade, crenças, valores e a dinâmica do autoritarismo, da superproteção, da indiferença, do desamor, etc. As crenças penetram, aparentemente, sem obstáculo no campo psicológico e emocional do educando. A adaptação tem a ver com o sistema impositivo de mando e do medo, principalmente, fantasioso. O medo fantasioso tem poder inquestionável como mentor de crenças negativas e como mantenedor do dinamismo de sobrevivência. A culpa pode desenvolver dependência psicológica ou emocional, quando oriunda de fatos materiais ou psicológicos. E a dependência deprime. Quando a culpa se origina de normas morais, espirituais e transcendentes, pode desenvolver crenças negativas ou preconceitos religiosos sérios. O reconhecimento do erro e com o retorno à reconciliação, pode abrandar ou eliminar a dependência da culpa moral. Esse encontro supõe adesão consciente a mudanças, que signifiquem novo direcionamento à caminhada. Devemos alertar que as crenças negativas, nem sempre atingem o objetivo previsto e desejado pelo educador. Por quê? Porque quando nos alertamos para o comportamento negativo, estaremos reforçando a sua repetição. E comportamento estimulado ou lembrado será comportamento com tendência à repetição. Mas, comportamento esquecido torna-se comportamento com tendência a decair. Nas crenças negativas, a preocupação especial do educador restringe-se ao comportamento negativo. Infelizmente, os resultados do sistema são visíveis. É suficiente visualizar, superficialmente, a convivência humana sobre a terra. Pretendemos a seguir colocar ideias sobre algumas crenças negativas que se avolumam no campo da educação. Se não caminharmos em prol de mudanças sérias, rejeitadas por muitos, as consequências podem desequilibrar inocentes, despreocupados e alienados. Para elucidar a problemática educacional, apresentamos o Código das Crenças em Educação. No Primeiro Capítulo pretendemos expor a possível origem das crenças negativas. Se forem abrandadas ou eliminadas, realizaremos grandes avanços no campo educacional. No Segundo Capítulo apresentamos as crenças negativas com suas mazelas, que podem deteriorar a educação. No Terceiro Capítulo, o Clarão do Alvorecer exporemos técnicas, que poderão criar suporte concreto à implantação de paradigmas internos. No Quarto Capítulo, Crenças Positivas, adotaremos técnicas de promoção dos paradigmas internos, com reforço dos estímulos positivos. O capítulo primeiro alerta para comportamentos do educador que podem promover situações indesejávei