About the Book
Azul do Sul é uma metáfora é um lugar mítico e movediço, um lugar impermanente, um tempo inconstante onde só o céu e o mar permanecem no seu lugar, além do azul, que se deseja global, constante, clímax da felicidade humana, da lucidez, da transparência do multiculturalismo nas suas milhentas formas, raízes e manifestações idiossincráticas.É também um reencontro de alma com o corpo, com a substância da vida, com os elementos da natureza e suas tonalidades e com os universos oníricos, psicológicos, indistintos e concretos que se movem cardinalmente de norte para sul e vice-versa.... No seu todo o Azul do Sul é original pela forma como aborda o mundo mais optimista, é também uma obra com marcas intimistas, uma obra em que o sujeito poético se revela e esconde, mas sempre polifónico, cosmopolita, tanto campestre como citadino urbano, num processo de desconstrução e reconstrução do sujeito poético e do mundo. Em síntese, Azul do Sul é um canto Liberdade, beleza e poesia numa linguagem quase oral, de encantamento de enamoramento com o leitor e o mundo que o circunda.... ...Em síntese Azul do Sul é a esperança, um alerta para a construção de um Mundo melhor mais pacífico mais Feliz, um Universo de luzes e cores onde o Azul se sobrepõe ao negro ou ao branco, cores de luto de perda de dor tanto a ocidente como a oriente.Azul do Sul almeja no essencial a eternidade de todos os homens e de seu espírito positivo. Primavera Azul, o penúltimo poema aponta precisamente para isso, deixando uma luz, uma porta, uma janela que cada um terá de abrir por si mesmo. Ainda em matéria de linguagem, o poeta não se esconde abriga numa linguagem conceptual fechada em si mesma, de erudição fabricada, rebuscada, acadêmica, mas de uma anti-corrente escorreita, versátil, simples, criativa muitas vezes do domínio oral, permitindo múltiplas leituras e uma proximidade substantiva com o leitor seja de que espaço físico, cultural geográfico ou mesmo ideológico for. Por outro lado, o último poema Natal a Norte... Natal do Sul sugere-nos o milagre da criação, sem a qual a vida, o quotidiano, o amor, o sonho seriam espaço e tempo de morte, de asfixia, de capitulação perante os fantasmas, os negrumes da vida. É exactamente nesse Sul que poderemos encontrar o futuro em cada um de nós, bastando saber aprender a remar, a voar com palavras ou em silêncios mundos nunca modernamente conhecidos.Em jeito de conclusão, diria que Azul do Sul é uma obra contra a corrente, contra o mainstream, contra o medo e sobretudo é uma obra poética sem medo das palavras, sem medo do linchamento público pelos media, pelos arautos da crítica literária, sem medo do politicamente correcto que silencia escritores, poetas, jornalistas e o cidadão comum. Azul do Sul é, na sua essência, um canto liberdade de expressão e simultaneamente um hino Língua Portuguesa. Ma Nu