Os 15 capítulos de A Arte Sinestésica da Contemplação quebram camada por camada os filtros que há mais de 3 mil anos impediam decifrar racionalmente a "condição humana". Não se trata de julgar se a vida merece ou não ser vivida, ou se é sensato abreviá-la antes da velhice. Excluídos o suplício das religiões, o suicídio dos intelectuais e a eutanásia da medicina, restou a anástase, o fenômeno natural que aniquila as sinapses do ego. Ler estes capítulos na ordem crescente facilitará entender a hipótese e a teoria da Arte Sinestésica da Contemplação como metodologia de anástase para os que desejam sobreviver com sanidade às pressões seletivas do processo inexorável de inversão das pirâmides ecológica e demográfica que se aproxima. E a prática dos exercícios de união dos sentidos (sinestesia) no Jogo das 8 Palavras-Chave e do Tai Chi Contemplativo aqui descritos serão as ferramentas para despertar o potencial máximo da inteligência nativa. Este será o primeiro passo para a espécie humana evolver em um supraorganismo e postergar sua extinção. "Não importa o quanto você pareça lucrar com um crime, nunca haverá algo bom para a abelha que seja ruim para a colmeia", alertou Ralph Waldo Emerson. A Arte Sinestésica da Contemplação não é psicoterapia ou consulta vocacional. O seu objetivo é neutralizar o ego e solucionar o mais importante e crucial de todos os desafios já enfrentados: se haverá um Futuro Dourado ou uma Nova Era de Obscurantismo. A contemplação decorrente da sinestesia nos liberta de um mecanismo neurobiológico ultrapassado que já foi confundido com possessão, pecados e defeitos morais e depois com doenças orgânicas e transtornos psicológicos, quando era um atraso de 12 milissegundos no sistema nervoso evitando que os estímulos físicos captados pelos sentidos fossem analisados na íntegra pela mente livre da voz de um intermediador virtual interno. Com o pensamento recebendo exclusivamente estímulos sensoriais puros, qualquer ação e decisão será um ato de altruísmo para com o próprio corpo e os demais. Sem revoltas e revoluções, sem livros sagrados e manuais de autoajuda, sem líderes carismáticos e influenciadores de opinião... Basta uma geração com a habilidade de contemplar. Então, todas as utopias serão superadas! Ao término deste livro os leitores terão passado pelas fases da negação, da raiva, da barganha, da depressão e da conclusão. Essa jornada será difícil e demorada para uns, e muito fácil e rápida para outros. Para o antigo grego Sócrates, uma vida não examinada pelo ego conhecendo a si mesmo não vale a pena ser vivida... Já na Arte Sinestésica da Contemplação, experimentar a morte do ego em vida antes do último suspiro do corpo é tudo o que merece ser examinado, aplicado e compartilhado. Viver não precisa ser perigoso.