About the Book
AnarcoFilosofia faz uma abordagem politicamente incorreta dos temas e da história da filosofia, destacando a visão de mundo dos homens de negócio e das "pessoas de ação," os quais se orientam pelo discernimento, pela intuição e pelos instintos, em contraste com o pensamento dos "homens de ideias" - os filósofos e os intelectuais. O livro revisa temas da filosofia, ao destacar que o estudo da ética, por exemplo, é negativo porque desconsidera a individualidade, já que tem em conta uma "verdade comportamental," o que, evidentemente, é contrário à ideia de liberdade individual e ao fato de que o limite único para a ação humana deve ser a vida, a liberdade e a propriedade alheia (a propriedade, em termos gerais), não uma ideia ou um conceito de certo e errado criado por alguém. Destaca que o estudo da política apresenta as ideias sobre a organização em torno do Estado, sem avançar para o questionamento desse ente representativo, por exemplo, considerando ideias sobre o anarcocapitalismo e seus pensadores. Revisa também a história da filosofia, desde os pré-socráticos, destacando a natureza coletivista e antinatural de muitas ideias desses pensadores, sempre interessados ou sobre um ideal, que nega a vontade individual, ou sobre a valorização de reflexões a respeito dos problemas sociais e existenciais, que buscam tentar frear a ação das pessoas na aventura pela vida, estimulando o enquadramento de seus comportamentos a padrões ou sistemas de ideias, o que tende a trazer, como consequència, o autoabandono dos que se rendem à contemplação delas. A ideia do livro é fazer uma crítica aos sistemas de ideias como sendo agressivos ao discernimento, ao instinto e à realização do indivíduo, o que faz da filosofia, não um mecanismo de libertação pelo tal do senso crítico, como se divulga, mas um estudo que cega o discernimento (um mecanismo natural tão importante para iluminar a caminhada das pessoas) e estimula um comportamento automático, porque baseado nas ideias alheias, não na maneira pessoal de se ver as coisas, algo igualmente contrário à sua proposta de libertação, conforme tanto se afirma. Dessa forma, o sujeito sai de um automatismo e passa a outro, porque só muda de modelo de programação mental. A orientação dos questionamentos e dos estudos filosóficos consagrados busca chocar-se contra a Natureza e a ordem natural das coisas, com uma proposta de "correção" do pensamento para se chegar a definições, padrões e sistemas ideais, negando o que há de mais libertário na vida humana, que é a vontade individual, algo bastante apreciado pelas "pessoas de ação" e pelos homens de negócio, os quais querem viver a vida com fé, natural ou religiosa, sem duvidar de como as coisas são e porquè são. Boa parte dos questionamentos filosóficos, nesse sentido, constitui-se em fantasias que não encontram paralelo na realidade, mas que encantam cultivadores dessa matéria, que veem o pensamento como algo mágico capaz de mudar as coisas e construir o mundo de suas utopias e das utopias dos filósofos, da qual a assessoria de um pensador a um absolutista (ditador), como pregava Voltaire, é um ótimo exemplo. E, sua prática nas escolas e universidades, que tem uma orientação de subversão aos valores capitalistas, prega, como substituto, os valores coletivistas e socialistas, jamais a libertação do indivíduo do verdadeiro ente opressor, que é o Estado, porque, no fundo, trata-se apenas de convencer quem é que controla melhor as pessoas para que a vida "dè certo": a esquerda ou a direita. O livro também destaca o quanto a filosofia estimula a desvalorização da observação e da práxis, como métodos de percepção da realidade, porque seu estudo se centra no "mundo das ideias." E, finalmente, critica a investida dos intelectuais contra os homens de negócios, tratados como inferiores e superficiais, e contra as "pessoas de ação," como sendo alienadas, ape