Este livro abraça os vários significados da palavra acalanto. Acalanto significa acalento, afeição, carinho; acalanto é afago, consolo, conforto emocional; acalanto é embalo, é cantiga de ninar. Há uma nítida ligação semântica com as sensações de calor, de conforto, de afeição. Pense, por exemplo, em algo quentinho como o colo de uma mãe, ou em um afetuoso abraço amigo, ou no afago entre namorados, ou ainda no aconchego que envolve abraços de avós, de um pai ou de uma mãe. Acalanto é também o nome científico de um pássaro que se alimenta com grãos. Ele é conhecido popularmente como Tentilhão, possui cores vivas, tem um canto agradável e pertence à família dos gramídeos. Sobre os capítulos Acalanto está dividido em cinco capítulos com poemas em versos livres e um anexo sobre o meio ambiente. O primeiro capítulo, Cantos do Acalanto, canta a diversidade de cores nas flores e mentes: Amo a diversidade /Das cores / Nas flores / E nas mentes / Dos continentes; canta a esperança, a brisa; fala sobre a junção das raças: Sou índia / Sou branca / Sou negra / (...) Sou o teorema / Do poema / Na travessia / Das etnias / Sou Maria; a liberdade, o tempo; a beleza de um arco em infinitas tonalidades, o arco-íris: Raios de sol / Em gotas de chuva / Navegaram / Felizes / Numa gangorra de todos os tons / Brincaram. O segundo capítulo, Embalando com Acalantos, traz um olhar ao outro, abraçando-o; é um olhar para fora de nossa janela, com o pensamento naqueles que vivem do lado de fora de seus sonhos: Olhando-se lá fora / Lá fora / Fora da janela / Jorra aos olhos a fome / A fome de verdades / De afetividades / A fome da criança / Na esperança. O terceiro capítulo, Acalantos no Tempo, é uma volta ao tempo, uma reflexão às mudanças que todos nós sofremos ao longo da vida. Um exemplo é o poema Metamorfoses, onde se percebe uma associação, relação ou ligação a essas transformações. Em uma folha de árvore, a metamorfose de uma crisálida em borboleta; nas profundezas do oceano, quando um raio de sol é refletido em uma madrepérola, por um processo que só o tempo explica, é criada a mais perfeita das pérolas, a pérola neta. O quarto capítulo, Acalantos da Natureza, fala sobre flores do campo: Gosto do mato / Do gosto do mato, intercalando o verbo gostar com o substantivo gosto; cita ipês, animais e uma flor em extinção - a flor-do-natal do sul do Brasil. É um canto à natureza, um direcionamento à conscientização para a conservação e preservação do meio ambiente. Nele, planta-se plantas e sonhos. O quinto capítulo, Cores do Acalanto, é composto por frases, pequenos textos e uns poucos poemas. Subdivide-se em: - Mulher - Vida - De Mãos Dadas. A última parte, Meio Ambiente, é um anexo que, a partir do material empregado na impressão deste livro, aborda questões sobre conservação e preservação ambiental. Fala sobre: - Livro impresso de forma sustentável - Caminhos ecológicos - Vegetação nativa - Natureza e sociedade - Curiosidades sobre o Planeta Terra. Que os versos deste Acalanto sejam como grãos semeando amor, ternura, amizade. Que suas palavras incentivem o andar de mãos dadas, envolvendo o que de mais humano há no mundo: a solidariedade. Que o movimento de mãos dadas com a natureza, a fraternidade e o amor, faça florescer afetos e muitos, muitos acalantos.